Com Bolonha, os cursos vão-se dividir em dois ciclos, tendo o 1º a duração de três anos (licenciatura) e o 2º a duração de dois anos (mestrado). A formação do 1º ciclo será mais geral, ficando desvalorizada perante o mercado de trabalho, o que obrigará os estudantes a frequentar o 2º ciclo para obter uma formação mais especializada, correspondente à que antes adquiriam com a licenciatura. Contudo, para aceder ao 2º ciclo, na maior parte dos casos, os estudantes serão confrontados com um aumento de propinas correspodentes às do actual mestrado, bem como com a existência de numerus clausus. O Processo de Bolonha implica ainda uma reestruturação do sistema de créditos, os quais serão atribuídos a cada disciplina, consoante o número de horas de trabalho gastas com a mesma. Isto significará um aumento da carga horária, que impossibilitará de trabalhar, ou de ter qualquer actividade extra-curricular, a todos aqueles que o queiram ou necessitem de o fazer.
Esta reforma do Ensino Superior surge num contexto de desinvestimento e desresponsabilização estatais não só no ensino, mas também nos restantes serviços públicos, o que dificultará cada vez mais o acesso da maioria da população aos mesmos.
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